hans-joachim koellreutter
1915-2015
   

 

Impreciso e paradoxal
100 anos com Koellreutter

Auditórios do MAC, ECA e CMU; Gabinete do Papel (MAC)
30 de setembro, 1 e 2 de outubro de 2015

 

A arte, e a música em particular, deverão ser meios de sublimação da melancolia, do medo e da desalegria... (Koellreutter)

 

Impreciso e paradoxal comemora 100 anos do nascimento do professor e compositor Koellreutter com a realização de um mini colóquio organizado em mesas, oficinas e apresentações de ex-alunos e pesquisadores.

"Relativista, imprecisa e paradoxal" era como definia sua estética, com isso considerando
(i) O abandono de valores fixos ou cânones de beleza,
(ii) A valorização do acaso e da improvisação e
(iii) A transcendência e superação das dualidades, como dissonância-consonância, som-silêncio e a cisão entre o erudito e o popular.

Sua vida, sua obra artística e seu papel de educador fundem-se no desenvolvimento de uma nova estética profundamente ligada à busca de uma forma de construção de valores na música - e na arte em geral - que dessem conta das formas de vida da contemporaneidade: de massa e conectada.

Nesse sentido, parece estar em plena sintonia com Duchamp, Andy Warhol, Kaprow, Joseph Beuys ou o movimento Fluxus, num sentido mais geral que borrava as fronteiras fixas entre vida comum e arte e apontava para uma nova forma de valoração da obra de arte: que passava por sua dimensão social.

 

H. J. Koellreutter (1915-2005) foi compositor, músico e professor, responsável pela introdução de diversos conceitos e técnicas da música contemporânea no Brasil: harmonia funcional, dodecafonia, música aleatória, paisagens sonoras, composição com ruídos, a música gráfica - planimetria - entre outros. Além de compositores, regentes e músicos, formou centenas de professores que mudaram o panorama da didática musical.

 

foto de Emanuel Dimas de Melo Pimenta, 1999